quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Mas, o que vem a ser ANTROPOMETRIA e ERGONOMIA, e o que isso tem haver com a técnica de moulage?



Do grego Anthropos que significa homem e Metron que significa medida.

Podemos então concluir, segundo Caldas (20--) que antropometria é um estudo que tem por função primordial medir o corpo humano e suas partes. Ou seja, a antropometria tem por objetivo “levantar dados das diversas dimensões dos segmentos corporais” (SANTOS, 1997 apud AÑEZ, 20--, p.3), ou seja, as medições físicas realizadas no corpo humano.

O estudo iniciou ainda na Antiguidade com os egípcios e gregos, pois segundo Añez (20--, p.3) esses povos “já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo”. Na década de 1940 com a produção em massa foi necessária uma análise das medidas corporais, sendo assim o desenvolvimento de peças de vestuário exigia uma atenção maior nas dimensões, posto que deveriam se adequar a uma gama maior de consumidores.

O SENAI CETIQT tem uma linha de pesquisa com foco no estudo antropométrico. Esse estudo tem por objetivo facilitar a padronização da modelagem de roupas, levando em consideração as características regionais. Sendo assim, as medições são realizadas através de um body scanner que realiza a leitura delhada e precisa de mais de 100 medidas do corpo humano. O estudo está sendo realizado com cerca de 10 mil voluntários em várias cidades e regiões do país.

E ERGONOMIA, o que vem a ser? Ergonomia, de acordo com SOUZA (20--) vem de duas palavras gregas, no caso Ergon que significa trabalho e Nomos que significa leis. Então podemos concluir que ergonomia é a “adaptação do trabalho ao homem” (AÑEZ, 20--, p.2).

Quando falamos em ergonomia, o que primeiro vem a nossa mente é a gestão da postura. Mas, o que falar em relação às peças de vestuário que você utiliza quando está realizando alguma atividade, como andar, correr, sentar, levantar etc.? Elas também dizem respeito à ergonomia, pois já imaginou criar uma roupa que não seja confortável ou então um sapato. Pois, essas duas áreas de estudo são importantíssimas quando vamos desenvolver algum artigo de moda.

Que tal agora, começar a avaliar os produtos que estão no mercado e tentar separar o que realmente são ergonômicos daqueles que não são?



Fonte:
SOUZA, Artemísia Caldas. Antropometria e ergonomia. Fortaleza, 20--.
AÑEZ, Ciro Romelio Rodriguez. Antropometria na ergonomia. Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/ergon/revista/artigos/Antro_na_Ergo.PDF>. Acesso em 12 janeiro 2013.
Disponível em: <http://www.cetiqt.senai.br/dcb/novox/port/estudos-e-pesquisas/antropometria.asp>. Acesso em 12 fev. 2013.
 

P.S.: Não esqueci do vocabulário técnico, no próximo post com certeza ele será o tema.





sábado, 9 de fevereiro de 2013

Instrumentos e utensílios indispensáveis para a técnica de moulage



Como já foi falado no post anterior para o desenvolvimento da técnica de moulage é necessário o uso do manequim industrial acolchoado. Há no mercado alguns fabricantes como a Draft Manequins, a Propavit e a Siera que traz uma inovação, isto é, um manequim ajustável possibilitando assim aumentar ou diminuir as medidas do corpo.

Manequim Propavit
Fonte:

http://www.propavit.com.br/produto.php?id_sun=7

Manequim Ajustáveil Siera
Fonte:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-460248662-manequim-ajustavel-siera-busto-p-costura-regulavelmoulage-_JM


 Manequim Draft
Fonte:

http://www.draftmanequins.com.br/


Para dar início a técnica de moulage, além do manequim industrial acolchoado são necessários alguns instrumentos e utensílios indispensáveis para o desenvolvimento da tarefa do modelista. São eles:
a)     Tecido – o tecido mais indicado é o algodãozinho cru, pois sua tecitura permite a visualização dos fios de urdume e trama (chamada de tela ou tafetá). Também é possível o uso do morim, esses dois materiais são encontrados com facilidade nas lojas de tecido existente na nossa cidade.
b)     Fitilho nº 1 – é uma fita que servirá para marcar todas as linhas necessárias para o desenvolvimento das peças de vestuário. O fitilho deverá ser em cor contrastante com a cor do manequim para que permita ao modelista visualizar as linhas durante o processo de moulage.
c)      Tesouras – é indicado o uso de duas tesouras, a primeira para cortar tecidos e outra para o corte das modelagens em papel. Essa exigência se dá pelo fato de que é jamais o modelista poderá usar a tesoura de tecido para cortar papel, pois corre o risco da mesma perder o fio, isto é, ficar desamolada.
d)     Fita métrica – é um instrumento indispensável, pois é ela quem irá auxiliar o modelista nas medições necessárias para marcação das linhas guias no manequim industrial e também no processo de construção das peças de vestuário.
e)     Alfinetes – são indicados os de nº29, da marca Coast Corrente. Alguns leigos, por não conhecerem a técnica de moulage, optam por adquirir os alfinetes com cabeça de vidro, mas eles não são indicados posto que prejudique o trabalho do modelista na confecção das moulages, produzindo volumes desnecessários.
f)        Réguas – para o desenvolvimento dessa técnica é importantíssimo o uso de algumas réguas. São elas: a reta (transparente e milimetrada, medindo entre 50 a 60 centímetros); a curva de quadril e a curva de cava (esta utilizada para o traçado das cavas e degolo frente e costas).
g)     Lápis preto – nº4B ou 6B, pois tem traçado suave e mais nítido, já que será usado para marcação no tecido.
h)      Carretilha e carbono para modelagem – utilizados no processo de transposição da modelagem tridimensional para o bidimensional (modelagem plana).

A lista acima é apenas uma pequena amostra do que o modelista necessita para realizar sua tarefa, mas outros utensílios também são bem vindos na sua atividade como um kit de costura – composto por linha, agulha de mão e abridor de casas; borracha, para apagar possíveis informações erradas escritas na modelagem bidimensional; manequim miniaturizado do corpo feminino – que auxilia no preenchimento da ficha técnica no item desenho técnico; alicate de pique, para a marcação, por exemplo, de pences, franzidos etc.; perfuradores, para marcação, por exemplo, de final de pences; papel semi-kraft ou madeira, para a transposição das modelagens tridimensionais para o plano bidimensional e um esquadro grande.

No próximo post vamos conhecer mais sobre o vocabulário técnico utilizado pelos modelistas.

Mas, o que vem a ser MOULAGE?



De acordo com James Laver o processo de construção de uma peça de vestuário tem como base dois princípios, isto é, a moulage ou a modelagem plana.


Moulage é uma palavra de origem francesa, vem de moule “e originalmente significa ‘dar forma a um objeto com o auxílio de um molde’” (SCHACKNAT, 2012, p. 9). A moulage então é realizada sobre um manequim acolchoado próprio para o desenvolvimento das peças idealizadas pelo designer de moda, estilista ou modelista.



A técnica de moulage também recebe outros nomes, como draping (palavra derivada da língua inglesa, que significa “dar forma e caimento ao tecido”) e modelagem tridimensional (versão em português).



E tridimensional por quê? Tridimensional pelo fato de que, ao desenvolver uma peça de vestuário através da técnica de moulage, somos capazes de visualizar o resultado em três dimensões, isto é, altura, largura e profundidade.



O modelista – pessoa que desenvolve a modelagem – consegue obter peças com maior qualidade, visto que esta moldando-as no próprio corpo, que no caso é o manequim industrial acolchoado.



A moulage então é considerada “uma técnica artesanal minuciosa de desenvolvimento de peças do vestuário” (SCHACKNAT, 2012, p. 9).



No próximo post iremos conhecer um pouco mais sobre moulage e quais os instrumentos e utensílios indispensáveis para o desenvolvimento dessa técnica.

Se você tem alguma dúvida ou quer saber mais sobre o assunto deixe um comentário. 



Fonte: SCHACKNAT, Karin in DUBURG, Annette. Moulage: arte e técnica no design de moda.  Trad. Bruna Pacheco. Porto Alegre: Bookman, 2012.